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Farmacocinética

Fonte:

O fármaco pode ser administrado por via oral ou intramuscular, sendo que, para a mesma dose, a primeira via origina concentrações plasmáticas mais baixas devido ao efeito de primeira passagem no fígado. Distribui-se  largamente no organismo, maioritariamente por recurso a proteínas plasmáticas (cerca de 90% da dose), apresentando a capacidade de atravessar a barreira hemato-encefálica. O tempo de semi-vida plasmático está compreendido entre as 13 e as 40 horas. Após a sua metabolização, é excretado na urina, via bile e nas fezes, sendo que apenas uma dose oral demora cerca de 28 dias para ser eliminada na totalidade.
 

Absorção

Quando administrado oralmente, a biodisponibilidade do Haloperidol é de 60 % a 70 %.

O seu pico plasmático ocorre entre 2 a 6 horas após a dose oral e cerca de 20 minutos após a administração intramuscular.

 

Distribuição

92% de ligação às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição no estado de equilíbrio (VDss) é elevada (7,9 +2,5 L/kg). O haloperidol atravessa a barreira hematoencefálica facilmente.

 

Metabolismo

O haloperidol é metabolizado pelo sistema enzimático do citocromo P450 (particularmente CYP 3A4 ou CYP 2D6) e glucuronidação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A metabolização, a nível hepático, envolve a glucuronidação (50-60%), seguida da redução do haloperidol e posterior oxidação (23%) pelo citocromo P450. Paralelamente, dá-se, por N-desalquilaçao, a formação do metabolito piridínio (20-30%). 

O CYP3A4 parece ser a principal isoforma responsável pelo metabolismo da molécula em humanos.  ​

A forma reduzida do Haloperidol não interfere com a ação antipsicótica do fármaco. O metabolito glucuronídeo é inativo, mas os restantes apresentam efeitos farmacológicos significativos, decorrentes da sua elevada afinidade de ligação ao recetor opioide tipo sigma e aos recetores de dopamina D2 e D3.

 

Os metabolitos do haloperidol exercem ação inibitória sobre a CYP2D6, podendo determinar interações com outros substratos desta isoforma. Estas interações poderão ser ainda mais expressivas no caso de doentes em que se verifique elevada atividade da carbonil-redutase, o que se reflete em elevados níveis de haloperidol reduzido [1].

Eliminação

A meia-vida plasmática é de 24 horas (variando de 12 a 38 horas), após a administração oral, e de 21 horas (variando de 13 a 36 horas), após a administração intramuscular. 60% de fármaco é excretado nas fezes e 40% na urina. Cerca de 1% do Haloperidol ingerido é excretado inalterado com a urina.

 

Concentração terapêutica

Para se obter uma resposta terapêutica, a concentração plasmática de haloperidol está compreendida entre 4 µg/L e o valor máximo de 20 a 25 µg/L

Metabolismo in vitro do Haloperidol. Adaptado de [1]

Fonte: https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/f?./temp/~zrTYBD:3

[1] Avent, K.M., J.J. DeVoss, and E.M. Gillam, Cytochrome P450-mediated metabolism of haloperidol and reduced haloperidol to pyridinium metabolites. Chem Res Toxicol, 2006. 19(7): p. 914-20.

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Absorção
Metabolismo
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