Haloperidol

Em adultos, a ingestão de uma dose a partir de 300 mg poderá colocar a vida em risco. Ainda assim, o Haloperidol é considerado um fármaco seguro, evidenciando, comparativamente à sua dose terapêutica, uma dose tóxica elevada. Episódios de overdose são raros, ocorrendo muito raramente por via intravenosa, já que é administrada por um profissioal de saúde especializado.

 

Geralmente, os sintomas de overdose de haloperidol constituem uma exacerbação dos efeitos farmacológicos e reações adversas já referidas, predominando as reações graves do tipo extrapiramidal, hipotensão e sedação. Pode ocorrer hipertensão.

 

 

Sintomas de overdose

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O quadro mais comum de uma overdose por Haloperidol é caracterizado por reações extrapiramidais, como o tremor, rigidez e acatisia. Casos mais graves admitem coma, acompanhado de depressão respiratória e hipotensão severa.

 

Também se registam:

Efeitos anticolinérgicos (secura da boca, obstipação, dificuldade em urinar);
Quebra da pressão arterial;
Tonturas ou sedação;
Embora raramente, podem ocorrer arritmias ventriculares, frequentemente acompanhadas de um prolongamento do intervalo QT;

Convulsões epiléticas.

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Tratamento

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Não existindo antídotos específicos, o tratamento é principalmente de suporte.
 

Em estágios iniciais, a lavagem gástrica e a administração de carvão ativado impedem a absorção do haloperidol.

 

Em doentes comatosos, as vias aéreas devem ser restabelecidas através do uso de uma via orofaríngea ou tubo endotraqueal.

 

Arritmias cardíacas severas deverão ser tratadas com fármacos antiarrítmicos. ECG e sinais vitais devem ser monitorizados até que estejam normais.

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Para corrigir os efeitos anticolinérgicos, pode ser administrada fisostigmina​.

 

Hipotensão e colapso circulatório devem ser controlados com infusão de soro, plasma ou albumina concentrada e agentes vasopressores, como dopamina ou noradrenalina. Sob pena de poder causar hipotensão grave, o uso de adrenalina encontra-se contra-indicado. 

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As convulsões epiléticas podem ser tratadas com administração IV de Diazepam até à estabilização do doente.

 

Os sintomas extrapiramidais poderão ser tratados com fármacos antiparkinsonianos, como o Biperideno, administrado por via IV, e continuado de acordo com as necessidades. Em caso de ansiedade, Lorazepam também poderá ser instituído, por via oral (0,5 mg - 1 mg), para aliviar os sintomas.

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Em caso de emergência

                                       

                                       Em caso de intoxicação, deverá ser imediatamente contactado o Centro de Informação                                                          Antivenenos (CIAV) do INEM, através do número 808 250 143

                                       Este serviço, constituído exclusivamente por médicos, funciona 24 horas por dia, todos os dias                                            do ano, sendo, para a especificidade de cada caso, aconselhadas as medidas a tomar.
                                       Em alternativa, poderá ser efetuada uma chamada para o Número Europeu de Emergência, 112.
 

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